Em 1912, Carl Gustav Jung
publicou o trabalho intitulado Novos Caminhos da Psicologia, através do qual
ele sentava as bases para um estudo do inconsciente, fundamentado em certos “modelos”
ou “padrões” que se repetem social e culturalmente. Para ele, o inconsciente da
nossa espécie contém alguns componentes que são de ordem pessoal, e outros que
são registros de uma forma de memória ancestral compartilhada — O inconsciente coletivo. Oxum nos fala de um “arquétipo” feminino que
usa a sedução como um instrumento de guerra. Nela se consubstancia a imagem da
mulher sedutora; daquela que negocia o seu afeto e cuja sensualidade é o motivo
do seu sucesso, ou da sua danação. Se, como amante, ela é confiante e impetuosa,
como esposa ela é insegura e ciumenta. Seus conflitos internos não permitem que
ela se decida entre o gosto do mel ou da pimenta. Na verdade, o que a define melhor é a sua
atração pelas atitudes de provocação e pela permanente contestação dos limites.
Por ser a portadora do desejo, aquela que jamais se rende, uma eterna
contestadora das interdições, Oxum é a
personificação do anima: uma revolucionária sempre disposta a enfrentar os
conflitos.
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